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Fundação CARF

27 janeiro, 25

Ygor Dos Santos, vocação sacerdotal

A vocação sacerdotal de Ygor: um exemplo de fé e de serviço

Ygor, pároco no Rio de Janeiro, encontrou a sua vocação inspirado pelo seu pároco e por um seminarista. Graças às orações e ao apoio da Fundação CARF, fortaleceu a sua fé. Hoje, leva esperança à sua comunidade.

O exemplo conduz pelo exemplo. Deixe-os dizer isso a Ygor dos Santosum jovem padre brasileiro que descobriu a sua vocação sacerdotal graças à fé e à piedade do seu pároco e de um seminarista. Inspirado por eles, decidiu servir as almas para a glória de Deus. Hoje é pároco numa favela do Rio de Janeiro, em Brasil.

Uma vocação sacerdotal centrada nos outros

Num bairro populoso da grande cidade do Rio de Janeiro, cuja arquidiocese alberga quase sete milhões de pessoas, das quais pouco mais de metade são católicas, um jovem padre trabalha num bairro onde exerce a sua atividade há duas décadas. Ygor dos Santos. Ainda não chegou aos trinta anos, mas já é pároco de Nossa Senhora de Fátima e de San Juan de Dios, no bairro de Realengo, onde pastoreia um grande rebanho de almas que vivem numa sociedade em que a Igreja está a perder seguidores devido à secularização e ao avanço dos grupos protestantes.

Ygor dos Santos confessa que Não tinha na sua cabeça ser padre. Pensou em tornar-se advogado ou mesmo informático, porque enquanto estudava abriu um pequeno escritório de manutenção de computadores. De facto, a sua família no Brasil não era nada religiosa. Tanto assim é que nem sequer foi batizado à nascença. "Quando tinha cerca de cinco anos, comecei a participar com a minha mãe numa igreja protestante. mas não ficámos lá muito tempo", explica o padre.

Pouco depois, a sua mãe conheceu a capela de Nossa Senhora da Glória e de São Pedro. Foi aqui - conta - "que comecei a receber a catequese para crianças e também a preparar-me para o batismo. Cada vez participava nestas actividades de formação com mais e mais entusiasmo.

formação sacerdotal de ygor dos santos
Ygor dos Santos durante a sua formação sacerdotal.

O início de um percurso inspirado no exemplo do sacerdócio

Em breve, o pequeno Ygor juntou-se ao grupo dos acólitos e, depois de fazer a primeira comunhão, começou também a participar noutras iniciativas pastorais da paróquia, especialmente numa grupo de devoção ao Sagrado Coração de Jesus.

À medida que se aproximava cada vez mais de Deus, a sua mãe apoiava-o a cada passo. E lembra-se de uma frase que ela lhe disse: "Filho, seja qual for a vontade de Deus, se te fizer feliz, eu apoio-te e estou contigo". Estas palavras, confessa, "aqueceram-me o coração e Deixaram-me mais à vontade quando tive de dar passos mais concretos na minha vida de fé, porque também sou filha única.

A cada dia que passa, envolve-se mais e mais nas coisas de Deus. De facto, Ygor acredita que o seu chamamento para o sacerdócio surgiu durante a catequese, graças a um seminarista que apoiava a sua paróquia aos fins-de-semana. "Observava-o no exercício das suas funções pastorais, apreciava a sua dedicação a Deus, a sua piedade.... Hoje também é padre, mas nunca lhe falei da sua grande influência na minha vida cristã", conta.

O exemplo arrasta-se e isso também lhe aconteceu com o padre da sua paróquia, pois diz que era bonito ver como ele servia Deus com uma paixão surpreendente e um zelo incrível.

ygor dos santos formação sacerdotal em bidasoa

A influência da sua formação sacerdotal

Com o passar dos anos, a ideia de se tornar padre tornou-se uma possibilidade real. "Falei sobre isso com os meus amigos da paróquia e também com o pároco. Juntamente com ele Consegui compreender os sinais de Deus na minha vida, e as dúvidas que tinha foram resolvidas, deixando-me espaço para cumprir a vontade de Deus na minha vida", acrescenta.

Finalmente, em 2014, entrou no seminário do Rio de Janeiro e, em 2016, o seu bispo enviou-o para o Bidasoa International Ecclesiastical CollegeYgor nasceu em Pamplona, graças a uma bolsa da Fundação CARF, onde estudou o bacharelato em Teologia nas Faculdades Eclesiásticas da Universidade de Navarra. "A experiência em Pamplona foi óptima, exceto o frio", brinca Ygor, recordando a sua origem brasileira.

O que mais se destacou na sua estadia em Navarra foi a grande fraternidade que existia, apesar do facto de haver muitas pessoas de diferentes países, com culturas e línguas diferentes. "A união e o companheirismo foram incríveis, assim como o grande ambiente familiar.Isto foi muito importante porque estávamos todos longe das nossas casas, famílias e amigos", diz ela.

A oração: o coração do ministério sacerdotal

Embora possa parecer que o Rio de Janeiro e Pamplona têm pouco em comum, a realidade é que este sacerdote assegura que o que recebeu em Bidasoa o ajudou enormemente no seu trabalho pastoral nesta grande cidade brasileira, especialmente a experiência de oração que o seminário oferece aos seminaristas.

Na sua opinião, "ter um horário e uma certa rotina de oração é importante na vida paroquial, uma vez que nos encontramos frequentemente envolvidos em numerosas tarefas pastorais. E com esta rotina, O povo de Deus apercebe-se de que o seu sacerdote é um homem de oração, que a santidade é possível e também para amar a Deus todos os dias na normalidade das suas vidas".

O oração é algo de fundamental para si. É por isso que insiste nisso quando lhe perguntam o que é que um padre precisa hoje para enfrentar os desafios e os perigos com que se depara. "A proximidade com Deus através da oração é fundamental. Sem oração não poderemos avançar, é o que nos faz continuar", afirma com convicção.

Mas acrescenta também um outro elemento importante: "Temos de ter amigos padres com quem partilhar as alegrias e também as dificuldades da vida sacerdotal". Dom Ygor dos Santos adverte que "Não podemos pensar que somos super-homens e que queremos enfrentar tudo sozinhos. Não vamos conseguir! Só um padre entende outro padre", diz ele.

Um agradecimento aos benfeitores da Fundação CARF

Por fim, o Padre Ygor tem uma recordação especial para os benfeitores da Fundação CARF. "Gostaria de lhes agradecer por tudo o que contribuíram para a minha formação sacerdotal e por todo o bem que você tem feito na minha vida e, através de mim, à arquidiocese do Rio de Janeiro num grande país como o Brasil. Deus o abençoe sempre pelo seu amor às vocações e à formação sacerdotal", conclui.