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Fundação CARF

4 dezembro, 23

padre

"Viver o Evangelho é viver sempre à espera do melhor".

Antes de ser padre, D. Francisco Sojos era jornalista. Mas algo dentro de si não estava bem. A sua participação num programa de televisão no Chile mudou a sua vida. Depois de estudar em Roma, foi ordenado sacerdote e é atualmente formador do seminário de Guayaquil e reitor da catedral.

Durante algum tempo, exerceu a profissão e leccionou em várias universidades. No entanto, desde criança, sentiu um chamamento de Deus que sempre tentou esconder ou adiar. Até que um dia não conseguiu dizer não e foi falar com o bispo. E foi enviado para Roma para se tornar padre, graças ao Subvenções da Fundação CARFonde começou por fazer o bacharelato em teologia e depois a licenciatura.

De regresso ao Equador, mais concretamente à Diocese de Guayaquil, o Padre Sojos exerceu importantes responsabilidades pastorais, tanto no campo da comunicaçãoÉ também professor no seminário. Além de ter sido destinado a várias paróquias, é atualmente reitor da catedral diocesana.

A situação social e religiosa do Equador

Don Francisco considera que a situação é complicada, com problemas em todo o país. América Latina e também a nível mundial. Nos últimos anos, registou-se um aumento significativo da violência em Equadoratingindo níveis preocupantes. Este fenómeno, que constitui um problema moral profundo, está intrinsecamente ligado ao questionamento dos fundamentos da sociedade, dando origem a pensamentos e ideologias destrutivos.

A saúde da Igreja no Equador

Em Equador Há muita fé. "Olhe, eu fico cinco minutos à porta da catedral a qualquer hora do dia e, para mim, é uma injeção de esperança. Porquê? Porque as pessoas nunca param de entrar. Não vêm para perder tempo, vêm à procura da capela do Santíssimo Sacramento, que está sempre cheia. Vem à procura de um momento de oração, para esperar pela Santa Missa ou para se confessar. 

50 % dos católicos assistem à missa todos os domingos. Um número muito elevado, apesar dos desafios da secularização e do avanço dos grupos seculares. evangélicos. Verifica-se igualmente uma elevada taxa de regresso de pessoas que, tendo entrado em seitasRegressam à Igreja Católica quando se apercebem de que algo está errado.

O dom da fé

Dom Francisco Sojos sabe que está protegido pelo Senhor. A sua maior dúvida de fé durou apenas alguns segundos, aos 15 anos, quando estava a ler o livro O Cavalo de Troia. Isso fê-lo duvidar que a Igreja não tivesse sido fundada por Cristo. Apercebeu-se imediatamente da "porcaria" de livro que estava a ler e deitou-o fora. Na sua família, uma família de missa dominical, nunca houve dúvidas sobre a fé e a religiosidade era vivida como uma coisa natural. Fazia parte da vida quotidiana.

Vocação para o sacerdócio

Quanto ao sacerdócioA sua vocação esteve sempre presente na sua vida. Mas só se concretizou aos 28 anos, quando decidiu entrar para o seminário. Durante sete anos, estudou jornalismo e filosofia na Universidade de Los Andes, no Chile. E durante outros três anos trabalhou como professor em diferentes universidades e nos seus próprios projectos de comunicação. Quando pensou no sacerdócio, disse para si próprio "para mais tarde, para mais tarde".

O chamamento definitivo surgiu num programa de televisão no Chile. Conhece um colega de universidade que está a estudar para ser padre. Perguntou-lhe se não devia já ter entrado no seminário. Quando regressou ao Equador, falou com o bispo, que decidiu não o enviar para o seminário de Guayaquil, mas sim para Roma, para fazer todo o seminário no Colégio Internacional Sedes Sapientiae e para estudar no Pontifícia Universidade da Santa Cruz.

Para Dom Francisco, a experiência em Roma foi maravilhosa, conhecer a Igreja, conhecer a profundidade de Roma, seminaristas e sacerdotes de todo o mundo, com tantas maneiras de viver fielmente o Evangelho. Abre o seu coração e a sua mente para uma compreensão mais profunda do Evangelho e da missão de evangelização. A formação na Pontifícia Universidade da Santa Cruz deu-lhe um profundo amor à doutrina e à liturgia, transmitindo-lhe a importância de não se desviar da doutrina e de respeitar a liturgia como um elemento que pertence à Igreja, não ao sacerdote.

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Destaques como padre

"Espero que eles ainda não tenham vindo, mas que venham. Viver no Evangelho significa viver sempre à espera do melhor. Se o melhor já chegou, então para onde estou a caminhar? Estou a caminhar para o céu, portanto o melhor ainda não chegou. 

Quando regressou de Roma como diácono, o bispo confiou-lhe imediatamente a reconstrução de uma paróquia que tinha sido destruída. Poucos meses depois, foi nomeado porta-voz da arquidiocese de Guayaquil, para se encarregar da comunicação e a relação com a imprensa num momento político muito conflituoso, num confronto entre o governo e a Igreja sobre a nova Constituição.

Francisco Sojos foi também diretor da Rádio Católica Nacional, um período difícil porque tinha de ser responsável por uma paróquia e viajar para Quito, para a sede da estação de rádio. Tinha de ir e voltar no mesmo dia.

Depois de dez anos numa paróquia movimentada, tornou-se recentemente reitor da catedral de Guayaquil.

O que é que um padre precisa para não sucumbir aos perigos que enfrenta atualmente?

Em relação aos desafios que um padre enfrenta atualmente, sublinha a importância de ter bons amigos sacerdotes para evitar o isolamento e insiste na necessidade da prudência, uma virtude que deve moderar a vida e prevenir os riscos do mundo. Perante a crise da Igreja, propõe inverter a situação através da amor de Cristosublinhando que ser evangelizador implica falar por amor pessoal a Deus. Aquele que é apaixonado por Cristo convence sobre o que ama. Falar do amor de Deus, mais do que pregar sobre teorias, é a chave para ser um evangelizador convincente.

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