Francis Mutua Simon tem 37 anos de idade e é de Kitui, Quénia. Entrou no seminário em 2006 e completou-o em 2014, sendo ordenado diácono em 2015 e um ano mais tarde, como padre.

Eu venho de uma família de seis pessoas. Eu sou a criança mais velha de uma família católica composta por cinco rapazes e uma rapariga. Os meus pais estão ambos vivos e são católicos. Todos os membros da minha família são católicos comprometidos e quando senti o chamado ao sacerdócio, eles realmente me apoiaram apesar da oposição da comunidade.

A comunidade opôs-se a que eu me tornasse padre, e isso porque eu sou o primeiro e único padre na minha aldeia: soou-lhes estranho, pois nunca tinham pensado ou ouvido falar de tal coisa antes. No final, porém, a comunidade ficou grata pelo dom do meu sacerdócio.

Mais tarde, após a minha ordenação, fui enviado para ajudar na paróquia. Desde então tenho servido em duas paróquias e na minha diocese em geral. Não foi fácil por causa dos muitos problemas que eu pessoalmente enfrentei. Em primeiro lugar, as longas distâncias para chegar aos cristãos nas várias aldeias, o que significa viajar de moto por cerca de 100 km com todos os riscos devido à falta de boas estradas e infra-estruturas: por exemplo, durante a estação chuvosa, as pistas são completamente intransitáveis. Também tive de enfrentar o problema da falta de meios financeiros não só para comunicar física e tecnologicamente com os cristãos, mas também para os apoiar materialmente na educação das crianças, o que é essencial especialmente para os órfãos, que são os mais pobres e necessitados.

Contudo, na minha diocese a situação não é fácil para os cristãos em geral, uma vez que a maioria deles são muito pobres e ainda dependem do apoio da Igreja, mesmo os padres que também são pobres e muitas vezes não conseguem ajudar algumas famílias que não conseguem reunir alimentos suficientes para sobreviver por um dia. Há também um grave problema de educação: a miséria que temos não é apenas material, mas espiritual, humana e cultural, porque muito poucas pessoas são educadas e educadas: por exemplo, temos muito poucas escolas católicas, devido à falta de dinheiro para criar estruturas nas paróquias. E no final há problemas de fé: a maioria das pessoas não presta muita atenção às necessidades espirituais das suas almas, tais como assistir às celebrações eucarísticas, mas estão mais preocupadas em encontrar água para a sua vida diária ou pastagens para o seu gado: é muito difícil falar com elas e convencê-las da necessidade e da importância da Missa e da fé.

Foi durante o meu apostolado paroquial que o meu bispo me pediu para ir estudar Direito Canónico na Universidade Pontifícia da Santa Cruz, aqui em Roma. Isto deveu-se às várias necessidades da diocese. O objectivo do bispo é que eu continue com o apostolado na diocese depois de ter adquirido, através dos meus estudos, conhecimentos no campo do direito canónico. Isto será de grande ajuda para a diocese, pois há muitos problemas pastorais que precisam de atenção e cuidados imediatos. Deus usa diferentes meios e formas de alcançar o seu povo, a educação é uma delas.

Acredito que depois dos meus estudos serei capaz de alcançar os fiéis cristãos na minha diocese de uma forma especial. Isto não é fácil quando você considera o aspecto financeiro, como mencionei anteriormente. Portanto, imagine como é importante o seu apoio financeiro para ver este sonho tornar-se realidade e continuar a contribuir para a missão da igreja, que é a salvação das almas.

"Agradeço-lhe pelo seu apoio que se estende à minha formação, à minha diocese e ao meu país. Encorajo-o gratamente a continuar a apoiar-me nisto, para que eu possa realizar o meu sonho.

Eu sei o sacrifício que vocês fazem comigo e com a Igreja na vossa missão. As minhas orações estarão sempre consigo.