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Emmanuel Enwenwen, sacerdote: "muitos nigerianos são hoje missionários".

20/08/2025

Emmanuel Enwenwen padre Nigéria

Emmanuel Enwenwen é um sacerdote da diocese católica de Ikot Ekpene, na Nigéria. Nos últimos anos, tem feito formação em Comunicação Institucional em Roma, graças a uma bolsa de estudo concedida pelos benfeitores da Fundação CARF.

Emmanuel Enwenwen nasceu no seio de uma família católica na Nigéria. Aos 12 anos, entrou no seminário menor e, anos mais tarde, "movido por um zelo ardente de servir Deus e a humanidade", entrou no Seminário Maior. Após uma década de formação, foi ordenado sacerdote a 7 de julho de 2018.

Como é que descobriu a sua vocação de padre?

-Crescer numa família católica e numa comunidade católica teve uma influência muito positiva na minha fé. Cresci a ver os padres católicos como agentes de esperança, devido ao papel que desempenhavam na nossa comunidade.

A abnegação destes padres que dedicavam a sua vida ao serviço dos necessitados e dos doentes foi para mim uma grande fonte de inspiração. O desejo de levar a mensagem de esperança às pessoas nos seus momentos difíceis tornou-se um zelo ardente que me levou aos altares.

Qual foi a reação da sua família e dos seus amigos quando lhes disse que queria ser padre?

-A sua reação foi positiva. Garantiram-me o seu apoio e prometeram nunca ser um obstáculo ao meu progresso e à minha missão. Esse apoio foi-me dado até hoje. Devo-lhes uma eterna gratidão e rezo por eles todos os dias.

Como descreveria a Igreja na Nigéria?

A Igreja Católica na Nigéria tem-se mantido uma mãe centrada na salvação de todos os seus filhos. Isto produziu muitos resultados positivos, como se pode ver na assistência a Missa.

Este compromisso de fé manifesta-se também no número de vocações, tanto para o sacerdócio como para a vida religiosa. Há alguns anos, éramos beneficiários de missionários que vinham evangelizar-nos. Atualmente, muitos nigerianos tornaram-se missionários em diferentes partes do mundo.

Quais são os desafios que a Igreja enfrenta no seu país?

-A Igreja Católica na Nigéria enfrenta muitos desafios à medida que se esforça por cumprir a sua missão espiritual e social. Um dos principais problemas é a insegurança. Há violência por parte de grupos insurrectos, bandidos e raptores que atacam o clero, os leigos e até os locais de culto, perturbando as actividades pastorais e espalhando o medo. De facto, em algumas partes do país, a Igreja tornou-se uma via fácil para o martírio.

Como é que vê o futuro da Igreja na Nigéria?

-O futuro da Igreja Católica na Nigéria tem um significado profundo, não só para os fiéis, mas para a alma da própria nação. Com uma população jovem e vibrante, a Igreja tem a capacidade de remodelar a paisagem moral da nação. Além disso, com os muitos jovens nos seminários e conventos, há uma grande esperança de continuidade no futuro.

Emmanuel Enwenwen padre Nigéria

O que é que mais aprecia na sua formação em Roma?

-Estudar em Roma é a melhor coisa que pode acontecer a um padre católico. Para além das ricas possibilidades académicas, aqui em Roma a história e a fé convergem. Aprecio muito o carácter multicultural da Pontifícia Universidade da Santa Cruz, que me expôs às diferentes culturas do mundo. Para mim, é um longo período de aprendizagem, desaprendizagem e reaprendizagem.

Como é hoje a sua vocação sacerdotal?

-O dom do sacerdócio é para mim uma das maiores bênçãos que recebi de Deus. Considero-me um servo indigno a quem foi confiado o grande privilégio de servir o povo de Deus.

Sinto-me privilegiado por celebrar todos os dias a Sagrada Eucaristia e por ser portador da Boa Nova de Cristo, que é uma mensagem de esperança. Não só me sinto feliz por ser padre, como me sinto realizado e grato pelo privilégio de ser padre.

Como é que a formação recebida através dos benfeitores da Fundação CARF o ajuda no seu trabalho pastoral?

-Sou estudante de Comunicação Social Institucional. O facto de ser um profissional no campo da comunicação dá-me muitas ferramentas para o meu trabalho pastoral no mundo em mudança de hoje. Uma boa comunicação contribui muito para o sucesso do trabalho missionário.

A minha formação dá-me um olhar crítico para ler a realidade à minha volta e para comunicar uma mensagem que traga esperança às pessoas que me são confiadas. Os conhecimentos aqui adquiridos serão transmitidos a outros jovens que se preparam para o sacerdócio na Nigéria.


Entrevista original publicada em Omnes

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