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30 de maio, 25

Gonçalvez seminarista de Angola

A vocação angolana: do campo ao seminário

Gonçalves Cacoma Cahinga es un joven de Angola que sintió la vocación de pequeño, a los ocho años. «Ardía mi corazón y soñaba con ser catequista», afirma.

Gonçalves es un joven de Angola que descubrió su vocación desde muy pequeño, a los ocho años. «Mi corazón ardía y soñaba con ser catequista», recuerda con emoción. Hoy, junto a un compañero, es una de las primeras vocaciones de seminaristas angoleños que estudian en el Seminário internacional Bidasoaem Pamplona.

Angola é rica em recursos naturais como os diamantes e o petróleo. No entanto, continua a enfrentar grandes desafios. A falta de um sentimento de pertença entre os seus cidadãos e a falta de responsabilização de alguns governantes perante o bem comum contribuem para a pobreza persistente.

Ao serviço do seu país

Gonçalves Cacoma Cahinga tem plena consciência dos desafios que o seu país enfrenta. Embora a sua vocação sacerdotal se centre na evangelização e na administração dos sacramentos, sabe que, através do seu ministério, poderá contribuir para o bem-estar de muitos dos seus compatriotas.

«A pesar de la pobreza, la escasez de escuelas, la falta de infraestructuras viales y las deficiencias en el sistema de salud, quien visite mi país descubrirá, ante todo, la alegría de su gente. La hospitalidad, la humildad, el deseo de aprender y la unidad entre diversas culturas son signos vivos del espíritu angoleño y caminos privilegiados para la evangelización.

También destacaría la profunda fe del pueblo y su liturgia vibrante, que permite un encuentro auténtico con lo divino, sin olvidar los encantos de nuestra naturaleza y la riqueza de nuestra gastronomía», afirma con entusiasmo este joven.

La primera vocación de Angola en Bidasoa

Pertenece a la diócesis de Lwena-Moxico, la más extensa de Angola, con una superficie de 223.000 km². Junto con un compañero, es el primer angoleño que estudia en el seminario internacional Bidasoa. Este año comenzará su tercer curso de Teología. «Siempre he definido mi vocación como una verdadera Providencia divina» y mi obispo Dom Martín Lasarte fue quien quiso que viniese a España a formarme.

Gonçalves pode ser formado em Bidasoa graças ao apoio da Fundação CARF, que cobre os custos da sua preparação sacerdotal. Este compromisso com a formação é um dos pilares fundamentais da Fundação: ajudar as vocações nos países com menos recursos, para que nenhuma se perca por falta de meios económicos.

Um ambiente familiar cheio de valores

"Venho de uma família humilde e camponesa de oito membros: quatro homens e três mulheres. Sou o sétimo filho e o único que ainda está a estudar, pois os meus irmãos e irmãs já constituíram família. Os meus pais, embora idosos, ainda estão vivos. Todos a minha família é cristãMas só a minha mãe, um irmão e três irmãs são católicos; os outros pertencem a outras confissões cristãs. Apesar das limitações económicas, crescemos num ambiente cheio de valores humanos e religiosos que marcaram profundamente as nossas vidas", diz Gonçalves.

A sua vocação para o sacerdócio nasceu quando tinha oito anos. "Costumava ir à igreja todos os domingos com a minha mãe e ficava fascinado ao ver o catequista explicar as leituras. Sentia um ardor no meu coração e sonhava em ser catequista um dia".

Este desejo foi reforçado em 2012, quando os padres religiosos da Congregação dos Sacramentários de Nossa Senhora chegaram ao seu município vindos do Brasil. Fundaram a paróquia de Santo António de Lisboa e, com o seu testemunho de vida, a sua dedicação à Palavra de Deus, o seu serviço nas aldeias mais remotas e o seu cuidado com os idosos e as crianças de rua, transformaram completamente a sua visão: "De querer ser catequista, senti um chamamento ao sacerdócio", diz.

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Las dificultades económicas y las tribulaciones

Mas a sua vocação não foi isenta de dificuldades e tribulações, que marcaram profundamente o seu percurso, ao ponto de quase naufragar.

Em 2014, mudou-se para outro município para continuar os seus estudos e, durante esse tempo, afastou-se da igreja. Em 2016, terminou o segundo ciclo, regressou à sua aldeia e não pôde continuar os seus estudos por falta de recursos financeiros.

«Durante ese año, tenía otros planes: formar una familia y buscar trabajo. Sin embargo, el Señor tenía otros caminos para mí. Los sacerdotes hablaron conmigo y con mis padres, y me invitaron a participar en la formación vocacional con vistas a ingresar en el seminario. Así, en 2018 ingresé en el seminario propedéutico san Juan María Vianney».

Três anos mais tarde, em 2020, os padres que financiavam os seus estudos regressaram ao seu país e, não podendo continuar por falta de meios, decidiu abandonar o seminário. No entanto, graças à intervenção do seu reitor e de uma senhora generosa que se ofereceu para pagar a sua formação, pôde entrar no seminário maior de filosofia de São José, onde estudou durante três anos.

Seminário Internacional Bidasoa

Uma grande oportunidade para amadurecer na sua vocação 

Gonçalves está atualmente a participar no Seminário Internacional Bidasoa, em Pamplona. "Foi uma verdadeira surpresa para mim e também para a minha família. É uma oportunidade de crescer na minha vocação, na minha missão e de amadurecer mais na minha formação", diz agradecido.

Consciente das necessidades pastorais do seu país, acrescenta: "Na minha diocese, embora haja muitos católicos, há poucos padres e poucas paróquias. É por isso que estou profundamente grato a todos os benfeitores da Fundação CARF pela oportunidade que me estão a dar. Para mim, estar em Bidasoa é uma grande riqueza, porque me permite descobrir a grandeza da Igreja universal".

Termina o seu testemunho com um agradecimento sincero à Fundação CARF, cuja ajuda foi fundamental para a sua vocação.


Marta Santínjornalista especializado em religião.

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